segunda-feira, 1 de junho de 2020

Dia Mundial da Criança

Poemas, poemas, poemas! Para as nossas crianças! 
Imagem retirada de: http://www.cm-seixal.pt/dia-mundial-da-crianca/2017/dia-mundial-da-crianca-2017

Pedra Filosofal

Eles não sabem, nem sonham, 
que o sonho comanda a vida. 
Que sempre que um homem sonha 
o mundo pula e avança 
como bola colorida 
entre as mãos de uma criança.
                                
                                         António Gedeão

CHILD, CHILD

Child, child, love while you can
The voice and the eyes and the soul of a man,
Never fear though it break your heart -
Out of the wound new joy will start;
Only love proudly and gladly and well
Though love be heaven or love be hell.

Child, child, love while you may,
For life is short as a happy day;
Never fear the thing you feel -
Only by love is life made real;
Love, for the deadly sins are seven,
Only through love will you enter heaven.
                               
                                       By Sara Teasdale



 New Friends and Old Friends

Make new friends, but keep the old;
Those are silver, these are gold.
New-made friendships, like new wine,
Age will mellow and refine.
Friendships that have stood the test—
Time and change—are surely best;
Brow may wrinkle, hair grow gray,
Friendship never knows decay.
For 'mid old friends, tried and true,
Once more we our youth renew.
But old friends, alas! may die,
New friends must their place supply.
Cherish friendship in your breast—
New is good, but old is best;
Make new friends, but keep the old;
Those are silver, these are gold.
                               
                                       By Joseph Parry


A criança que fui chora na estrada
I
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,

E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
                                       
                                            Fernando Pessoa 

A bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,
Mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar

e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.

                                                Cecília Meireles

Poemas selecionados pelas docentes Cidália Gomes e Clotilde Pinto.
Sejam felizes, todos os dias!

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