terça-feira, 26 de maio de 2020

"E tudo era possível"


A partir da leitura e análise do poema “E tudo era possível”, de Ruy Belo, a docente de Português Cidália Gomes solicitou aos alunos do 9º D, no contexto do Ensino à Distância, motivado pela pandemia da Covid-19, a criação de um breve texto de reflexão sobre o antes e depois da pandemia, iniciando com o mesmo título do poema …

E TUDO ERA POSSÍVEL

Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido

Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido

E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer                   


                                                           Ruy Belo



Textos dos alunos do 9º D

E tudo era possível … antes desta doença conseguir a ser uma pandemia.
Sim, pois eu era livre: podia sair à rua, ir à escola, ter aulas, também passar bons momentos com os meus amigos, andar de bicicleta, passear, fazer compras, etc.
Agora tudo isto e mais algumas coisas nos foram roubadas, como por exemplo vidas, mas tive a sorte de nenhum amigo ou familiar meu a ter tido. Por isso, eu digo para terem cuidado e cumprirem as regras de segurança para que o mais depressa possível todos nós possamos estar juntos de novo.
 André Matias

E tudo era possível, se da China um vírus não tivesse sido ocultado.
No começo não foi dada a importância devida a este vírus, foram calados médicos e foi deixado alastrar até fronteiras ultrapassar. Desde novembro foram perdidas varias vidas que nunca serão esquecidas.
Aos médicos, enfermeiros, auxiliares da ação médica, e todos aqueles que estiveram e estão na linha da frente, só temos a agradecer, pelas noites e dias de luta contra este vírus.
A nossa vida mudou em todos os níveis e de todas as maneiras, passamos a ser vulneráveis, sem podermos mudar nada. Passamos a estar longe de tudo e de todos, sem carinhos, abraços ou um simples beijo.
Devemos refletir sobre tudo o que estamos a passar, pois nunca mais voltaremos a viver como dantes.
Andreia Silva


E tudo era possível…
Há uns meses atrás tudo era possível. Vivíamos normalmente, mas de repente ele aparece num abrir e fechar de olhos. Veio de férias e prolongar as nossas, chama-se corona e só por ter esse nome pensa que é rei e que nos pode tirar tudo até o que ganhámos há 46 anos, a liberdade.
Gostava de voltar ao tempo em que tudo era possível, ao tempo em que o bichinho nem era pensado, ao tempo em que éramos passarinhos fora da gaiola.
Acredito que depois da tempestade virá a bonança, mas enquanto esse momento não chegar ele vai continuar a reinar até que o antídoto seja criado.
Beatriz Costa

E tudo era possível…
Quando as ruas estavam cheias de gente, quando chegávamos cansados do trabalho, quando dizíamos que não tínhamos tempo para nada, quando tocávamos pele com pele, quando entendíamos o outro por um simples sinal, quando dizíamos que estávamos cheios de problemas… Agora tudo mudou, as expressões já não se veem pois estão tapadas por trás de uma máscara e os nossos egoístas problemas resumem-se a nada. Pois a nossa casa, a casa de todos nós está assombrada por uma pandemia. Mas a humanidade precisava de um brusco abrir de olhos! É altura de repensar os propósitos e voltar a implementar sentimentos no coração dos humanos. Tínhamos na mão a liberdade de uma vida que quando esta página virar espero que continuemos a escrever, mas a escrever melhor.
 Bianca Almas

E tudo era possível…
Antes de todo este vírus aparecer, esta confusão se instalar no mundo, tudo o que achávamos que não deixaríamos de ter, deixámos… deixámos de poder dar abraços, beijos, etc.; começámos a sentir falta do sítio que muitos não gostam e que querem sair: A escola. Achávamos que nunca iríamos de deixar estar em família, com amigos, de termos que evitar ao máximo sair de casa, evitar de ir às compras (um lado positivo, já não somos tão consumistas…. Pediram-nos para salvar o planeta pois estávamos a esforçá-lo de mais, demasiada poluição e dissemos que não conseguíamos. Agora tudo mudou e o planeta agradece.  Nunca pensámos que iríamos passar por algo que iria ficar tão marcado na nossa vida e mesmo na história.
Nunca mais será a mesma coisa, principalmente nos próximos anos.
Ester Nunes


E tudo era possível…Antes de um ser vivo invisível se tornar o dono do mundo e de nos privar daquilo que era o nosso dia- a- dia, tudo era possível.
Costumávamos andar pela rua a ouvir os bonitos cantos dos pássaros que sobrevoavam as nossas cabeças e que davam música ao nosso dia.
Nos dias em que íamos para a escola onde ainda se podia conviver pessoalmente com as pessoas, tínhamos aulas onde interagíamos uns com os outros sendo muito mais divertido do que estas aulas monótonas onde estamos a quilómetros uns dos outros.
Nesse mesmo lugar tínhamos a possibilidade de nos divertirmos falando sobre temas sem interesse, mas que, por vezes, nos roubavam a hora de almoço ou praticando vários desportos desde voleibol ao ping-pong.
Outra das coisas que mais me deixa saudades são os tempos em que eu podia jogar futebol com a minha equipa e conviver com eles e onde todos os fins de semana íamos a lugares diferentes defrontar outras equipas e onde o caminho de viagem era sempre do mais divertido possível.
Saudades desses tempos. Espero que voltem em breve…
                                                                                  Gustavo Brás


E Tudo era possível…
Há uns meses atrás, antes de aparecer a Covid-19, podíamos sair à rua, sem preocupações, podíamos estar perto de quem gostamos, abraçar/cumprimentar as pessoas e até mesmo ir às compras normalmente (sem regras de distanciamento). Mas desde março que as coisas não são bem assim, o vírus apoderou-se do planeta e enquanto não houver a vacina, não poderemos voltar a ter a “liberdade” que tínhamos.
Mariana Dinis


A biblioteca agradece a partilha, à docente e aos alunos!

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