O armistício
assinala o fim da primeira guerra mundial, que começou a 1 de agosto de 1914.
Assinado por todos os beligerantes era assim suspensa a guerra e confirmada a
vitória dos Aliados (Franceses, ingleses e americanos) sob a Alemanha.
São 11 horas do dia 11 de novembro. Todos os
sinos tocam a anunciar o fim da guerra. Numa carruagem restaurante de um
comboio estacionado na floresta de Compiègne, na Picardia, entre as 5h12 e
5h20, os generais alemães reuniram-se com os Aliados para assinarem uma
convenção de paz, o armistício.
Nos três dias que precedem a assinatura do
armistício, Aliados e alemães negoceiam um contrato humilhante para os
derrotados. Estipula, entre outras coisas, o cessar-fogo imediato, a entrega
por parte dos alemães de todo o material de guerra, da sua aviação e frota de
guerra, a evacuação imediata dos territórios invadidos (Bélgica, França,
Luxemburgo, Alsácia-Lorena) e a margem esquerda do Rhin (na Alemanha).
Devido ao seu carater inédito e atroz, a
Grande Guerra suscita na Europa uma vaga de esperança e de pacifismo: todos
desejam evitar que este tipo de conflito se repita.
Em 1919, a Sociedade das Nações (antepassada
da ONU) é criada para desanuviar as relações internacionais e privilegiar as
relações de paz. Mas as cláusulas do armistício são muito duras para a Alemanha
enfraquecida poder suportar. A crise económica e o crash da bolsa em 1929 abrem
a porta a inúmeras contestações, onde se destaca o movimento
nacional-socialista, ou movimento nazi.
Desfile militar assinala os 100 anos do Armistício da Primeira Guerra-
Lisboa 4 de novembro de 2018
Portugal
assinalou no passado domingo, em Lisboa, com um desfile militar os 100 anos do
Armistício da Primeira Guerra, reunindo
as altas figuras do Estado.
A
cerimónia evocativa dos 100 anos do fim da I Guerra Mundial (1914-1918) começou
às 11 horas com a chegada do presidente da República e Comandante Supremo das
Forças Armadas, que passou revista às forças em parada e discursou depois de
uma homenagem aos mortos, com a deposição de uma coroa de flores.
Estiveram
ainda representadas as forças armadas da Alemanha, EUA, França e Reino Unido,
com 80 militares.
Com o
propósito de "homenagear a paz" e "honrar a memória" dos
100 mil portugueses que combateram na I Guerra Mundial e os 7500 que morreram
no conflito, a cerimónia pretendeu ainda "estimular o orgulho
nacional" e ser "um ato de cidadania", segundo porta-voz do
EMGFA, chefiado pelo almirante António Silva Ribeiro.
Portugal
participou na Grande Guerra com cerca de 100.000 homens ao lado dos aliados,
enviando para a frente ocidental o Corpo Expedicionário Português, em 1917.
Os
soldados portugueses estiveram também presentes na frente de Angola, em
1914-1915, em Moçambique, entre 1914 e 1918, e em França, em 1917 e 1918.
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