Pouco após a meia-noite de 25 de abril de 1974
começou a soar na emissora católica de Lisboa a música até então proibida
"Grândola, Vila Morena". Era o sinal combinado para o início da
revolta militar em Portugal.
Antes da revolução, era rara em Portugal a família
que não tivesse alguém combatendo nas guerras das colónias na África, o serviço
militar durava quatro anos, opiniões contra o regime e contra a guerra eram
severamente reprimidas pela censura e pela polícia.
Antes de abril de 1974, os partidos e movimentos
políticos estavam proibidos, as prisões políticas estavam cheias, os líderes
oposicionistas estavam exilados, os sindicatos eram fortemente controlados, a
greve era proibida, as demissões fáceis e a vida cultural estritamente vigiada.
A liberdade em Portugal começou com a transmissão,
pelo rádio, de uma música até então proibida. Os cravos enfiados pela população
nas espingardas dos soldados acabaram por ser o símbolo da revolução, que
encerrou, ao mesmo tempo, 48 anos de ditadura fascista e 13 anos de guerra nas
colónias africanas.
Em apenas algumas horas, as Forças Armadas ocuparam
locais estratégicos em todo o país. Ao clarear, multidões já cercavam as
emissoras de rádio à espera de notícias. A operação, calculada minuciosamente e
secretamente apanhou o regime de surpresa. Marcelo Caetano, transmitiu a sua
renúncia por telefone ao líder do MFA, general António de Spínola.
Transportado de tanque ao aeroporto de Lisboa, Marcelo
Caetano embarcou para o exílio, no Brasil. Em quase 18 horas, havia sido
derrubada a mais antiga ditadura fascista no mundo.
Artistas, políticos e desertores começaram a retornar
do exílio. As colónias receberam a independência.
Após a revolução foi criada a Junta de Salvação
Nacional, que nomeou António de Spínola como Presidente da República, e Adelino
da Palma Carlos como Primeiro-Ministro.
Os dois anos seguintes foram de grande agitação
social, período que ficou conhecido por PREC (Processo Revolucionário em
Curso).
Desta forma, o dia 25 de abril é conhecido como o Dia
da Liberdade em Portugal e o dia da Revolução dos Cravos, sendo um feriado
nacional onde se recorda a importância da liberdade no país.
Para comemorar esta data os alunos do 6ºE fizeram
alguns cartazes, na disciplina de História e Geografia de Portugal, com a
orientação da docente, Inês Borges.
Que tal!....
A equipa da biblioteca, também se associou a esta
comemoração, assim, escolheu um poema de SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN,
Bem como, as
canções emblemáticas desta altura, “Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho,
“Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso e “Somos Livres” de Ermelinda Duarte,
para relembrarem. E não se podia terminar, sem um vídeo, muito simples, que
explica este acontecimento Histórico.
Aqui vai os links: https://www.youtube.com/watch?v=OWrJCKvA7uc
https://www.youtube.com/watch?v=6m_TBvizB6U
https://www.youtube.com/watch?v=4BmZ9TfB78g
https://www.youtube.com/watch?v=-SV1EBNYup8
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