No
âmbito do estudo do texto poético na disciplina de Português, no 8º ano, a
turma D da escola básica de Midões elaborou textos com autorretratos a
propósito da leitura e análise do soneto de Bocage " Magro, de olhos azuis,
carão moreno". Espreite já dois exemplos.
Os
textos estarão expostos na biblioteca da escola; passe por lá e aprecie a
inspiração dos nossos alunos!
Autoretrato a partir do poema de Bocage
Magro, de olhos castanhos,o mais raro que existe
Sinais por toda a parte
Como as gotas de água um dia de chuva
e cabelo instável quando passa a tempestade
sempre com a pulga atrás da orelha
e quando envergonhado fico da cor do tomate
quando estou em público fico nervoso
e,por vezes,sou teimoso.
Mas apesar disto,sou como sou e gosto de mim assim.
Gustavo Brás 8ºD
Sou pessimista e envergonhada
Acho-me muito alta
Ando sempre atrasada
Por vezes os professores marcam-me falta
Gostava de ter mais autoestima
Para poder ser mais feliz
Há momentos que me sinto sozinha
Mas isso também faz de mim uma aprendiz.
Mariana Dinis 8ºD
Magro, de olhos azuis, carão
moreno,
Bem servido de pés, meão na
altura,
Triste de facha, o mesmo de
figura,
Nariz alto no meio, e não
pequeno;
Incapaz de assistir num só
terreno,
Maipropenso ao furor do que à
ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça
escura
De zelos infernais letal
veneno;
Devoto incensador de mil
deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os
frades;
Eis Bocage, em quem luz algum
talento;
Saíram dele mesmo estas
verdades
Num dia em que se achou mais
pachorrento.
Bocage, in 'Rimas'