segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Texto poético - 8ºD




 No âmbito do estudo do texto poético na disciplina de Português, no 8º ano, a turma D da escola básica de Midões elaborou textos com autorretratos a propósito da leitura e análise do soneto de Bocage " Magro, de olhos azuis, carão moreno". Espreite já dois exemplos. 
Os textos estarão expostos na biblioteca da escola; passe por lá e aprecie a inspiração dos nossos alunos!



Autoretrato a partir do poema de Bocage 

Magro, de olhos castanhos,o mais raro que existe
Sinais por toda a parte
Como as gotas de água um dia de chuva
e cabelo instável quando passa a tempestade 
sempre com a pulga atrás da orelha
e quando envergonhado fico da cor do tomate
quando estou em público fico nervoso
e,por vezes,sou teimoso.
Mas apesar disto,sou como sou e gosto de mim assim.



Gustavo Brás 8ºD





Sou pessimista e envergonhada 
Acho-me muito alta
Ando sempre atrasada 
Por vezes os professores marcam-me falta


Gostava de ter mais autoestima
Para poder ser mais feliz
Há momentos que me sinto sozinha
Mas isso também faz de mim uma aprendiz.




Mariana Dinis 8ºD



















Magro, de olhos azuis, carão moreno, 
Bem servido de pés, meão na altura, 
Triste de facha, o mesmo de figura, 
Nariz alto no meio, e não pequeno; 

Incapaz de assistir num só terreno, 
Maipropenso ao furor do que à ternura, 
Bebendo em níveas mãos por taça escura 
De zelos infernais letal veneno; 

Devoto incensador de mil deidades 
 (Digo, de moças mil) num só momento, 
E somente no altar amando os frades; 


Eis Bocage, em quem luz algum talento; 
Saíram dele mesmo estas verdades 
Num dia em que se achou mais pachorrento. 


Bocage, in 'Rimas' 







Sem comentários:

Enviar um comentário